domingo, 11 de novembro de 2007

Cigana


Cigana lê a minha sorte diz se é vida ou morte

este meu amor

Cigana de olhos morenos

ouve o meu lamento

vem me socorrer

Neste mundo não há espaço

para este passoque eu quero dar

Eu quero me deitar nas cartas me fazer pirraça

me deixar sofrer

Uma luz que eu não vejo

um mundo que desconheço

mas que vive em mim eu sei

Muito negros tem os olhos

negros também os cabelos

brilham no fundo estrelas sem fim

Minha morena seja quem fordê-me este verbo

conjugue o amor Cigana

lê a minha sorte

diz se é vida ou morte

este meu amor

Cigana de olhos morenos

diz se é profundo o corte da paixão.


Jurema Barreto de Souza