terça-feira, 4 de novembro de 2008

O testamento da águia


(Leonardo da Vinci)
Há muitos anos atrás, uma águia majestosa morava sozinha no
cume de uma alta montanha. Um dia sentiu que a hora de sua
morte aproximava-se. Com um possante grito chamou pelos
filhos, que moravam mais abaixo. Quando viu todos reunidos,
olhou para eles, um a um, e disse-lhes:
- Cuidei de vocês e criei-os de maneira a que pudessem olhar
diretamente para o Sol. Deixei morrer de fome seus irmãos que
não suportavam enfrentar o Sol. Por esse motivo, vocês merecem
voar mais alto que todos os outros pássaros. Qualquer um que
deseje preservar sua vida não atacará os ninhos de vocês.
Todos os animais temerão e vocês jamais farão mal aos que os
respeitarem. Deixem-nos comer os restos de suas presas.
Agora estou prestes a deixá-los. Porém não morrerei aqui em
meu ninho. Voarei para bem alto, até onde minhas asas
conseguirem me levar. Irei em direção ao Sol a fim de me
despedir. Os fogosos raios do Sol queimarão minhas velhas
penas. Cairei em direção à terra e finalmente para dentro
d'água.
Porém milagrosamente surgirei novamente da água, rejuvenescida
e pronta a iniciar nova existência. É essa a sina das águias,
é nosso destino.
A essas palavras a águia levantou vôo. Majestosa e solenemente
voou em torno da montanha onde estavam seus filhos. Depois,
subitamente, subiu em direção ao Sol que queimaria suas velhas
asas cansadas.
(fonte: Leonardo da Vinci. "Fábulas e Lendas", interpretadas e
transcritas por Bruno Nardini. São Paulo: Círculo do Livro
S.A., 1972)

Nunca Pare de Sonhar


Autor(a) Texto: Gonzaga Jr

Ontem o menino que brincava me falou
Que hoje é semente do amanhãpara não ter medo que esse tempo vai passar
Não se desespere
Nem pare de sonhar
Nunca se entregue
Nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar
Fé na vida
Fé no homem
Fé no que virá
Nós podemos tudo nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será